16 abril, 2007

LESÕES AFETIVAS


Um tipo de auxílio raramente lembrado:
o respeito que devemos uns aos outros na vida particular.
Caro é o preço que pagamos pelas lesões afetivas que provocamos nos outros.

Nas ocorrências da Terra de hoje,
quando se escreve e se fala tanto,
em torno de amor livre e de sexo liberado,
muitos poucos são os companheiros encarnados
que meditam nas conseqüências amargas dos votos não cumpridos.

Se habitas um corpo masculino,
conforme as tarefas que foram assinaladas,
se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou como o modo de ser,
não lhe desarticules os sentimentos,
a pretexto de amá-la,
se não estás em condição de cumprir com a própria palavra,
no que tange a promessas de amor.

E se moras presentemente num corpo feminino,
para o desempenho de atividades determinadas,
se surpreendestes esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências,
não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção,
caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.

Não comeces um romance de carinho a dois,
quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.

O amor, sem dúvida,
é lei da vida,
mas não será lícito esquecer os suicídios e homicídios,
os abortos e crimes na sombra,
as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas,
espoliados do afeto que lhes nutria as forças,
cujas lágrimas e aflições clamam,
perante A divina Justiça,
porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração
quando abandonado por outro
e nem sabe a qualidade das reações
que virão daqueles que enlouquecem,
na dor da afeição incompreendida,
quando isso acontece por nossa causa.

(Autor: De Emmanuel por Francisco Cândido Xavier)

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